sexta-feira, 28 de abril de 2017

Abaixo à Tirania!

Olá aventureiros!

Em apoio à greve nacional, o blog Companhia Inconsequente não terá postagens novas nesta sexta-feira (28/04). Vamos todos pra rua! Abaixo os tiranos!



(Brincadeiras à parte, teremos postagens novas em breve. Aguardem!)

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Drake Olhos-de-Corvo

E eis que temos mais uma espetacular arte da Viksen, dessa vez pra ilustrar nosso ladino sombrio e perturbado pelos fantasmas de seu passado: Drake Krowsey!


Trabalho, como sempre, impecável e conceitualmente impressionante. Nada dá mais orgulho a um Mestre do que ver seus personagens ganharem vida!

O Mestre

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Histórias de Outros Mundos 5: De Explodir a Cabeça

Enviado por o Mestre (sim, eu mesmo)!

   Acho que podemos dividir os jogadores de D&D em dois grandes grupos: os que otimizam seus personagens a todo custo, buscando combos absurdos e invencíveis... e aqueles que odeiam essas pessoas.
   Em 2006, eu vários amigos de escola nos juntamos para jogar um "campeonato de D&D". Esse evento era uma arena de combate em que os personagens se enfrentavam um contra um. É claro que, nesse cenário, qualquer um que fosse expert em otimização seria o campeão incontestável. E assim, conheçam Maximus, o Guerreiro.
   Maximus era um monstro. Completamente talhado para ser uma máquina de combate invencível e coberto de itens mágicos escolhidos especialmente pra destruir cada um de nós, não demorou muito para ele se tornar o favorito das multidões (dentro do jogo) e completamente odiado pela mesa. Maximus humilhou um Mago no seu primeiro combate, refletindo magias contra seu conjurador; no segundo round, decapitou um Ladino na terceira rodada de combate. Ele era invencível.
  Eu, por outro lado, fiz o melhor que pude com meu Druida Meio-Elfo. Quase levei a pior contra um Ranger na minha primeira luta, e alguns críticos necessários me garantiram uma vitória suada contra um outro Ladino na segunda. O problema foi no terceiro round, quando eu deveria enfrentar o temido Maximus.
   Mesmo os oponentes que tinham perdido pra mim torciam contra Maximus, mas de nada adiantou. Meu javali de estimação virou churrasco nas primeiras rodadas, me deixando irado, mas um único round de confronto corpo-a-corpo foi o suficiente para apontar a iminente derrota. Lutando contra o desânimo da mesa, eu tive uma única ideia interessante...
   Conversando em particular com o Mestre, bolei a minha estratégia maluca. Ele arregalou os olhos, me perguntando se eu entendia as consequências do ato, e quando confirmei, ele sorriu malignamente.
   O que Maximus viu foi meu Druida brilhando momentaneamente e desaparecendo de sua frente. Sorrindo, ele se gabou de seus talentos de combater às cegas (foi assim que ele lidara com o Ladino invisível anteriormente), e tentou atacar o Druida; o Mestre pediu a ele um teste de Sabedoria, e ele aparentemente falhou, pois sua espada larga atravessou o ar sem encostar em nada..
   Era meu turno novamente, e eu, em alto e bom som, anunciei que assumiria a forma de um hipopótamo. O Guerreiro começou a sorrir; sabendo que teria um alvo bem grande para fatiar, mas o sorriso morreu quando o Mestre pediu a ele um teste de Reflexos. Com um mísero 3, o narrador anuncia que tudo que ele vê é uma explosão de luz vermelha antes de cair morto no chão.
   Eu explico: invés de me tornar invisível, eu tinha me transformado numa diminuta pulga e pulado dentro do ouvido do Guerreiro (que falhara no teste de Sabedoria para me perceber). Entrando fundo no canal auditivo, quando me transformei num grande paquiderme, a expansão corporal explodira a cabeça dele de dentro pra fora, matando-o instantaneamente. É claro que isso me afetara também, quebrando cada ossinho do meu corpo e me matando ao mesmo tempo. Mas, para a mesa, eu fui o verdadeiro vencedor daquele combate!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Thomas, artes, cerveja!

Saudações, aventureiros!

   Hoje venho dar algumas notícias espetaculares! Como vocês devem saber, quando uma mesa de RPG dura muito tempo, os jogadores começam a se apegar à história de uma forma especial. Isso costuma render frutos paralelos ao próprio jogo - e foi assim que nasceu esse blog, por exemplo!

  No entanto, graças à iniciativa do nosso confiável xamã Thomas de Bernargrie, a Companhia Inconsequente está prestes a emprestar seu nome a uma nova franquia. O jogador por trás de Thomas é, na vida real, um mestre cervejeiro legítimo! Buscando oficializar seu empreendimento, este jovem rapaz está abrindo uma cervejaria com fórmulas inspiradas na nossa querida Companhia. Cada membro terá sua própria cerveja, com detalhes e sabores condizentes com sua personalidade. Um projeto titânico, de fato! E, enquanto os trâmites legais são feitos, nós podemos distrair a falta de cerveja com essa arte simplesmente espetacular encomendada para o primeiro rótulo da série - é claro, o próprio Thomas! Confiram!


   A arte comissionada foi feita pelo Bragato Ilustra, e o trabalho ficou impecável. Nada me dá mais orgulho enquanto Mestre do que ver esse tipo de fruto da nossa imaginação ganhando vida!

Em breve, mais notícias sobre a cervejaria!
O Mestre

domingo, 30 de outubro de 2016

Capítulo 15 - O Morro dos Vaga-Lumes

   A lua ia alta no céu, iluminando o gramado do quintal onde, horas atrás, pisara a criatura divina chamada Skarri. Após uma emocionante demonstração de devoção dos dois anões, a equipe (com a exceção de Aleena, que não descera de seus aposentos) continuou a comemoração, dessa vez mais calmos, mas mais satisfeitos que nunca. Sven e Thudar se recolheram cedo para seus quartos no subsolo, enquanto Darsh ficara um pouco mais, entretido na conversa, mas acabou se retirando também. Sobraram, sentados no chão da varanda, Tom e Drake, confabulando amigavelmente. O frio do inverno formava nuvens de névoa na frente de suas bocas, mas a bebida consumida (e uma pesada capa de pele para Tom) espantava o gelo.

www.flickr.com


    Drake sorveu um longo gole do stout escuro que Thudar cedera para a comemoração, limpou a boca e falou, como se para si mesmo:
   - Uma deusa, hem? Bem aqui, nesse gramado. Quem diria.
   Tom deu uma risadinha.
   - Que foi, Drake? Nunca o tomei por um daqueles que duvidam da existência dos deuses. Sua falta de fé foi abalada?

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Histórias de Outros Mundos 4: Ao Pé da Letra

Enviado por Mark em 17/10/2016

   Muita gente aprende a jogar D&D ainda jovem, e isso sempre rende histórias hilárias. No nosso caso, o maior problema foi um mestre que interpretava tudo literalmente.
   No meu primeiro combate da vida, eu enfrentava um orc com meu Mago de nível 1. Por sorte, ele estava a 30 metros de distância, me dando vantagem para matá-lo com magia antes que ele enfiasse o machado duplo no meu... bom, não vou me ater aos detalhes.
   Olhando minha lista de magias, decidi que ia usar "Mísseis Mágicos" (minha experiência anterior com o D20 tinha me deixado meio desanimado, então escolhi uma magia que nunca erra). Pra quem não sabe, é uma magia que dá singelos 1d4+1 de dano na forma de um pequeno dardo de energia prateada.
   O Mestre (também narrando sua primeira aventura) mandou que eu rolasse o dano. Rolei um 4, somando o bônus da magia, dei 5 de dano, que era o máximo possível. Pra minha sorte, era o suficiente para matar o orc de primeira. Mas a cereja no bolo foi a descrição do ataque...
   Empolgado, o mestre anunciou que um pequeno míssil em miniatura feito de luz surgiu na minha mão e disparou na direção do orc (soltando fumaça e tudo). Quando ele atingiu o orc na barriga, o mini-nuke explodiu à lá Power Rangers, lançando o orc 12 metros pra trás (com só 5 de dano!). Os outros jogadores contestaram o mestre, mas ele disse "O nome da magia é Mísseis Mágicos!".
   Aquela campanha não foi além do nível 3, mas sem dúvida eu, o Mago Nuclear, fui o jogador mais forte, explodindo monstros quase a bel prazer o tempo todo com uma simples magia de nível 1.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Recomendações do Mestre: Kubo e as Cordas Mágicas

Saudações, aventureiros!

   Muito embora este não seja um blog sobre cinema, depois de assistir esse filme fantástico - Kubo e as Cordas Mágicas, de Travis Knight (Kubo and the Two Strings, 2016) - eu me senti na obrigação de escrever pelo menos uma notinha aqui pro blog (sem spoilers!)



   Kubo é um filme de animação infanto-juvenil feito em stop motion pelo estúdio Laika (Coraline, ParaNorman). Ele se vale da temática oriental pra contar um drama/aventura sobre Kubo, um jovem rapaz com poderes mágicos especiais que precisa reunir artefatos lendários para derrotar um grande mal. Parece clichè, não? Mas podem ficar tranquilos: a execução e o desenvolvimento do filme são extremamente bem-feitos, e a trama, ainda que simples, não deixa nada a desejar.
   Com personagens únicos e diálogos nada vazios, Kubo cativa o telespectador. A trilha sonora distinta é um personagem dentro da trama, o que dá um toque especial para a obra. Por fim, para quem se interessa por efeitos visuais, saber que o filme foi feito com animatrônicos e stop motion é um prazer à parte, graças ao carinho e detalhismo do Laika.


   Mas por que falar disso aqui? Bom, qualquer amante de RPG ganha - e MUITO - indo assistir a esse filme. Além de termos elementos que remetem ao fantástico complemento Aventuras Orientais de D&D 3.0, a própria estrutura do filme lembra  uma aventura clássica de D&D; temos lutas bem executadas, masmorras com armadilhas, um bardo com poderes mágicos, monstros bizarros e vilões usando feitiçarias. Se você é um fã de animação ou de RPG, Kubo e as Cordas Mágicas vale cada centavo do ingresso. Corra para os cinemas antes que saia de cartaz!

O Mestre