- Opa, cuidado!Tenha mais calma, orc! Essas pedras são importadas do Sul!
Darsh, o feiticeiro, usava alguns encantos para levitar os blocos de pedra cortada para o teto do pequeno templo de Moradin, inspecionado por Sven. O meio-orc se virou, nervoso, para o anão.
- Pensa que é fácil levitar uma pedra desse peso? Prefere que eu as arremesse com as mãos?
Sven resmungou algo pra si mesmo, mas não insistiu; afinal de contas, Darsh estava ajudando de boa vontade. Virou-se para observar o resto da obra.
Vários anões (e alguns humanos) andavam pelo espaço do templo, atarefados. Alguns estavam substituindo as velhas pedras cinzentas e quebradas por novas, polidas e brilhantes; outros limpavam e escovavam as colunas interiores, reabasteciam os braseiros e varriam o chão. Uma mesa de trabalho fora montada no jardim que circundava o templo, e lá o velho arquiteto Gertrum planejava a ampliação da estrutura externa do templo. Sven limpou a testa suada no antebraço peludo; sorriu, satisfeito, pois aquilo estava começando a ficar com a cara de um templo de verdade.
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- Mestre Sven! Mestre Sven! - chamou uma voz, na língua dos anões.
Era Gertrum. O anão calvo possuía uma longa barba branca que tocava o
chão, e sempre o tratava com grande deferência. Ele vinha carregando um
rolo de pergaminho e tinha as mãos sujas de tinta esverdeada.
- Diga, Gertrum! Algo de errado?
O ancião coçou a barba, sem jeito.
- Na verdade, mestre, há sim. As mudanças que você pediu que eu
planejasse... bom, reformar um pequeno templo é fácil e relativamente
barato. Ampliar a estrutura, no entanto, é outra história.
- Como assim? Não pode ser feito?
- Pode, mas faltam recursos... equipamentos, material, força de
trabalho... teremos que escavar os arredores para construir o subsolo,
levantar pelo menos mais nove colunas...
- Ouro - interrompeu-o Sven - não é um problema. De quanto precisamos?
Gertrum retorceu a barba, nervoso.