quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Histórias de Outros Mundos 2: Saber Ouvir

Enviado por Dsea em 19/09/2016

   Após o lançamento do Livro do Jogador 2 para a Quarta Edição de D&D, decidimos finalmente desapegar um pouco da 3.5 e montamos uma mesa para experimentar a nova versão. Nossa equipe era composta por um Halfling Ladino, uma Tiefling Maga, um Anão Senhor da Guerra, um Humano Ranger e um Anão Druida (jogado por mim).
   Nossa companhia era um tanto quanto grande e, devido a backgrounds dramáticos e a um começo conturbado, os ânimos ficavam constantemente alterados. Uma tensão especial ocorria entre meu Druida e o Senhor da Guerra (inspirado em Thorin Escudo-de-Carvalho); ele não admitia a presença de um anão imundo que falava na língua dos elfos, enquanto meu Druida... bom, como a maioria dos personagens, ele era um porta-voz do caos e não levava desaforo pra casa.
   Enquanto explorávamos as ruínas subterrâneas de uma fortaleza de Draconatos, nos envolvemos num combate contra uma turba de Kobolds e seus Besouros-de-Fogo de estimação, o cenário sendo uma longa escadaria espiral. Devido a uma série de azar nos dados, estávamos sendo massacrados por inimigos não muito desafiadores. Foi então que o Senhor-da-Guerra, fiel à sua interpretação, decidiu atuar como o comandante que deveria ser e gritou para meu Druida: "Derrube-os lá pra baixo!".
   O Mestre deu um sorriso maligno e solicitou que eu fizesse um teste de Percepção para ver se meu Druida conseguira ouvi-lo no meio do caos da batalha. Arremesse o dado e... 1. Falha crítica.
   O Mestre anunciou que, em meio à confusão e influenciado pela rivalidade entre os dois Anões, o Druida tinha entendido que o Senhor da Guerra caçoava dele, mandando ele se jogar das escadas por ser inútil no combate. Meu Druida, claro, ficou irado e avançou contra o comandante, tentando matá-lo... mas acabou, ironicamente, caindo no espaço vazio entre os degraus e perdeu a consciência, vários andares abaixo.
   Depois desse completo desastre, o grupo aprendeu duas lições: a primeira era manter os dois anões separados, e a segunda era levar muito a sério quando nossas mães dizem que termos que aprender a ouvir.

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