A lua ia alta no céu, iluminando o gramado do quintal onde, horas atrás, pisara a criatura divina chamada Skarri. Após uma emocionante demonstração de devoção dos dois anões, a equipe (com a exceção de Aleena, que não descera de seus aposentos) continuou a comemoração, dessa vez mais calmos, mas mais satisfeitos que nunca. Sven e Thudar se recolheram cedo para seus quartos no subsolo, enquanto Darsh ficara um pouco mais, entretido na conversa, mas acabou se retirando também. Sobraram, sentados no chão da varanda, Tom e Drake, confabulando amigavelmente. O frio do inverno formava nuvens de névoa na frente de suas bocas, mas a bebida consumida (e uma pesada capa de pele para Tom) espantava o gelo.
Drake sorveu um longo gole do stout escuro que Thudar cedera para a comemoração, limpou a boca e falou, como se para si mesmo:
- Uma deusa, hem? Bem aqui, nesse gramado. Quem diria.
Tom deu uma risadinha.
- Que foi, Drake? Nunca o tomei por um daqueles que duvidam da existência dos deuses. Sua falta de fé foi abalada?