Clang. Clang. Clang. A cada passo de Sven, trajando sua mais nova armadura élfica, o metal chocalhava e ressoava pelas ruas iluminadas pela lua no Distrito dos Templos.
- Pelos grandes espíritos, - disse Thomas. Ele vestia sua silenciosa cota de mitral por baixo das roupa leves, carregando apenas sua lança (também élfica) - achei que uma armadura élfica fosse mais discreta do que isso.
- Não é só a armadura. - chiou Drake, nervoso. Levava seu arco e uma aljava cheia de flechas, e vestia uma capa escura com o capuz a cobrir seu rosto - O maldito clérigo anda como um ganso manco. Eles nos vão ouvir chegando há meia milha de distância.
- Calem a boca, vocês dois - irritou-se Sven. Anões não eram bons em incursões silenciosas na noite, e mesmo que a armadura fosse mais leve do que o normal, isso não impedia que Sven fizesse uma cacofonia desnecessariamente alta ao andar.
Vagaram pelas ruas do Distrito dos Templos enquanto Tom procurava identificar o local até onde seguira a jovem loira que havia reconhecido como a ladra que atacara Oc em seu primeiro dia na cidade; no entanto, estava achando difícil achar o local novamente.
- É diferente à noite - reclamou o velho, enquanto Drake protestava.
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O Distrito dos Templos era relativamente vazio após o crepúsculo. Tinha poucas tavernas, e, portanto, seus moradores (basicamente sacerdotes, acólitos, noviços e aqueles que os prestavam serviços) preferiam escapar para o Distrito da Prata quando tinham sede de álcool ou diversão. Era um local diferente do abarrotado Distrito da Prata ou das ruas estreitas do Distrito Baixo: os Templos ficavam entre ruas amplas, calçadas em pedra lisa, cercadas por um sem número de mini-bosques, laguinhos artificiais e pequenos riachos que corriam preguiçosamente. Jardins floridos abundavam, com grandes mariposas peludas voando sobre as damas-da-noite, seu cheiro doce enchendo os pulmões dos passantes. Era, sem dúvida, o local mais bonito da cidade.